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PRESERVAÇÃO FLORESTAL

Em três décadas, Pontal Flora soma mais de 25 milhões de mudas arbóreas produzidas


Associação atua em 53 municípios do oeste paulista com foco principal na preservação do meio ambiente e fomento da produção de matéria-prima lenhosa atuando como elo na corrente de produção sustentável entre consumidores de matéria-prima e produtores rurais; Entidade se destaca com atividades educacionais envolvendo estudantes, professores e sociedade regional empenhados na defesa e recuperação do meio ambiente.


Vista parcial do viveiro

Nascida a partir da iniciativa de promover a preservação dos últimos maciços florestais na região do oeste paulista, estimulando a implantação de áreas de reflorestamento em áreas degradadas, bem como o plantio de pequenas florestas de produção comercial para suprir o mercado regional atendendo a demanda dos consumidores de matéria-prima lenhosa, a Associação de Recuperação Florestal do Pontal do Paranapanema - Pontal Flora completa no próximo dia 13 de julho seu trigésimo ano de fundação.

No decorrer deste período, se firmou como referência, não somente nos 53 municípios de sua área de atuação no oeste paulista, como também em todo o Estado de São Paulo e, até fora do país, por sua competência e seriedade na produção de mudas de espécies nativas e exóticas. Sua sede, localizada no município de Presidente Venceslau, vizinha ao Aeroporto Municipal, possui uma área de 38,5 mil m² e um viveiro com capacidade atual de produção de três milhões de mudas por ano.


Manutenção e seleção da produção

Levantamento divulgado recentemente, contabiliza cerca de 25 milhões mudas produzidas e entregues nos últimos 30 anos. O surpreendente número sugere a 20,8 mil hectares plantados, o equivalente a quase 30 mil campos de futebol.

Segundo o presidente e um dos fundadores da associação, José Alberto Mangas Pereira Catarino, a Pontal Flora nasceu para fomentar a implantação de uma nova cultura regional de preservação ambiental, em uma época em que a sustentabilidade e o meio ambiente não eram preocupações do acanhado desenvolvimento regional e, em muitos casos, tratados como tabus. “Muito diferente do que vemos hoje em dia, onde as palavras sustentabilidade e preservação do meio ambiente são pauta frequente em discussões sobre economia, investimentos, saúde pública, etc., não era do mesmo modo até o início dos anos 1990. Ainda assim, um ano antes da ‘Conferência Eco 92’, promovida pelas Nações Unidas na cidade do Rio de Janeiro para se discutir modelos de desenvolvimento ambientalmente sustentável ao nível global, um consciente grupo formado por educadores, empresários, agentes políticos e entusiastas das causas ambientais se reuniram e criaram a Pontal Flora para que fossem debatidos e encontrados mecanismos para as questões ambientais mais afetas à nossa realidade local”, explica Catarino.


José Catarino, atual presidente e um dos fundadores da Pontal Flora

A principal ação implantada foi a produção de mudas com o objetivo de reflorestamentos próximos às fontes de consumo, para que os consumidores da região pudessem contar com o suprimento de matéria-prima energética ou industrial, a uma distância compatível e sem os elevados custos de transporte.

“Plantar pequenas florestas de produção protege e conserva os solos da erosão, evita o assoreamento dos rios, influi na regulação do clima, sequestro de carbono e propicia um ambiente favorável para a fauna silvestre, além de, indiretamente, preservar os maciços que restaram das florestas naturais e todos os benefícios diretos que advém delas e que também favorecem todo o ecossistema e a vida humana”, enaltece Catarino.


Vista aérea da sede e centro de produção

Por ser uma organização não governamental, ou seja, não está vinculada e tampouco recebe verbas fixas de qualquer esfera de governo, a Pontal Flora tem seu custeio principal calçado na comercialização de mudas, na prestação de serviços de plantio e manejo florestal e no recolhimento da verba da reposição florestal pelos consumidores de produtos florestais, amparada pela Lei da Reposição Florestal n.º 10.780/2001 e também pela Resolução n.º 82/2008 editada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a qual prevê que as pessoas físicas ou jurídicas que desenvolvem atividades que consomem a madeira bruta - lenha ou toras - ou que fazem sua primeira transformação - produção de carvão ou desdobramento -, estão sujeitas à reposição florestal.

As mudas produzidas são disponibilizadas a pequenos e médios produtores rurais da região, com toda a assistência técnica para a formação de maciços florestais que, em curto espaço de tempo, acabam também sendo fontes de matéria-prima e, consequentemente, nova opção de renda e geração de empregos que fortalecem a qualidade de vida regional.


Registro da entrega de parte do primeiro lote de mudas produzidas pela Pontal Flora

Através da Federação das Associações de Reposição Florestal do Estado de São Paulo (Faresp), que congrega onze associações de recuperação florestal existentes no estado, e escorada na legislação ambiental vigente, foi possível reduzir, drasticamente, o desmatamento criminoso no território paulista. “Tal feito, que muito nos orgulha, possibilitou levar o modelo paulista da reposição florestal existente para que fosse apresentado e implantado, em caráter de teste, junto aos governos da Venezuela e da Nicarágua, na primeira metade da década de 2000, quando tivemos a oportunidade de ser convidado pelo Ministério das Relações Exteriores para integrar comitiva de apoio e consultoria junto a pequenos empresários, ecologistas e representantes dos referidos governos”, detalha Catarino.

Sobre o marco dos 25 milhões de mudas produzidas pela associação, o presidente divide os méritos com todos aqueles que integram o que ele considera ser uma grande “família ambiental”. Para Catarino, cada pessoa envolvida direta e indiretamente com a Pontal Flora, desde a fundação até os dias atuais, pode comemorar o expressivo montante de árvores produzidas e plantadas que integram o acervo florestal regional. “Fundadores, clientes, antigos e atuais colaboradores, parceiros, voluntários e incentivadores, todos tem uma parcela de participação nesta empreitada vitoriosa. Que a Pontal Flora continue presente no dia a dia da nossa região pelos próximos trinta anos e mais”, agradece Catarino.


Alunos acompanham explicação sobre o processo de desenvolvimento das mudas

Educação Ambiental

Não apenas a produção de mudas se limita o trabalho desenvolvido pela Pontal Flora. Ao longo de 30 anos a associação também possui trabalho ativo na área de educação ambiental. Somam-se mais de 2.300 iniciativas envolvendo escolas das redes públicas e privadas, sindicatos de classe, associações rurais, recicladores, universidades, governos municipais, clubes de serviço e sociedade civil. Palestras, exposições sazonais, debates e visitas à sede da associação feitas principalmente por estudantes de todos os níveis de graduação são uma constante durante todo o ano. Para tanto, a Pontal Flora conta com uma sala dedicada exclusivamente para estudos na área, contando com equipamentos audiovisuais e biblioteca, sendo esta credenciada pelo Ministério do Meio Ambiente.

Os visitantes podem também observar a rotina do viveiro, desde o preparo das sementes, estágios de semeadura, germinação e demais etapas de desenvolvimento até a fase de expedição das mudas para plantio. Dois lagos em que a água excedente da irrigação é captada e disponibilizada para reuso e um arboreto com mais de 85 espécies diferentes de árvores nativas da mata atlântica com ocorrência na região do oeste paulista, compõem o conjunto urbano/florístico de rara beleza que integram o centro de produção.


Represa de captação da água excedente da irrigação

No entanto, desde março do ano passado quando foi declarado o status de pandemia provocado pelo novo coronavírus e seguindo os mais rígidos protocolos de segurança visando a saúde de seu quadro de funcionários, colaboradores e dos próprios visitantes, a sede da Pontal Flora cancelou as visitas presenciais, limitando as atividades aos meios digitais.

Aproveitando do período fechado a visitações, a sede da Pontal Flora tem recebido diversas melhorias fruto de convênio resultante do Acordo Judicial entre o Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado de São Paulo e Companhia Energética do Estado de São Paulo (CESP). Está em curso a ampliação do escritório e sala de atendimento, construção de novas áreas como oficina e garagem. Foi recentemente concluída a sala de manuseio e seleção de sementes e o laboratório voltado a testes de pureza e germinação, dotado com câmara fria.

Principais Ações

Entre centenas de projetos próprios e parcerias com terceiros, a Pontal Flora esteve ativa em praticamente todas as mais relevantes ações ambientais da região nas últimas três décadas. Entre elas, o “Vamos Vestir a Terra”, projeto financiado pelo extinto Unibanco e direcionado a crianças e jovens estudantes sensibilizando-os para ações de preservação e recuperação ambiental; “Projeto de Recuperação da Microbacia do Córrego da Fortuna”, atuando como executora do convênio celebrado pela Prefeitura de Presidente Venceslau com o Ministério do Meio Ambiente e financiado pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD); “S.O.S. Rio Santo Anastácio”, movimento de recuperação da bacia do Rio Santo Anastácio, com fornecimento de mudas de espécies nativas e capacitação de proprietários rurais para recuperação de áreas de preservação permanente e áreas degradadas; Curso “Manejo e Conservação do Solo” dirigido a produtores rurais da agricultura familiar em parceria com Instituto Agronômico de Campinas (IAC); Curso “Recuperação de Áreas Degradadas e Tecnologia de Sementes de Espécies Florestais Nativas” em parceria com Instituto de Botânica do Estado de São Paulo; parceria com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Presidente Venceslau e com o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da prefeitura venceslauense para atividades de educação especial e laborais; “Projeto Capacitação e Treinamento para Preservação e Gestão dos Recursos Hídricos”, fruto da parceria com o Comitê de Bacia Hidrográfica do Pontal do Paranapanema (CBH-PP), Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e do Governo do Estado de São Paulo, implementado nos 26 municípios que integram a área de atuação do Comitê; Exposição na Feira Agropecuária e Industrial de Presidente Venceslau (Faive); e o mais recente e em execução, o “Projeto Reflorestando o Presente, Preservando o Futuro - Marcação de Árvores Matrizes e Coleta de Sementes”, visando o georreferenciamento de árvores e coleta de sementes de espécies da Mata Atlântica do interior paulista, com foco de incidência no oeste do Estado.

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